sábado, 28 de fevereiro de 2015

Papa de aveia e pêra [desde os 6 meses]


Encontrei aqui nos armários da avó flocos de aveia e resolvi fazer uma papa de aveia e pêra para o lanche da T. 

Aqui em casa dos avós não há liquidificadora-que-aquece-bate-e-pica. Tive que pela primeira vez fazer as papas no tachinho ao "lume". Algumas leitoras que já fizeram, deixaram-me algumas recomendações que segui religiosamente. 

Papa de aveia e pêra [desde os 6 meses]
(para uma dose de 250ml aproximadamente)

1 pêra (aproximadamente 100-120gr)
30gr de flocos de aveia (3 colheres de sopa bem cheias)
120gr (ml) de água (meia chávena)




Levar o tacho com os 3 ingredientes ao lume. Quando levantar fervura diminuir e deixar cozer em lume brando por 10 minutos, mexendo ocasionalmente. Para bebés ainda muito pequeninos triturar com a varinha-mágica, para bebés mais crescidos é só servir.

Pode-se utilizar leite materno ou leite de fórmula do bebé na confecção da papa. Neste caso deve-se reduzir um pouco na água (para 60-80ml), para ficar uma papa grossa, e ajustar a textura com a quantidade de leite que desejar.




Comecei por colocar apenas 60gr de água, mas acabei por adicionar mais, pois a papa engrossou rápido e os flocos de aveia ainda não estavam cozidos.

Também, habituada ao robot de cozinha, cortei a pêra em pedaços grandes, devia ter cortado em cubinhos mais pequeninos, para se desfazerem com a cozedura e não ter que usar a varinha-mágica. 

Para a versão robot de cozinha, consulta a receita de papa de aveia e manga.

Sugestão de fim-de-semana


Viemos passar o fim-de-semana com os avós. Vivem no campo, a 180km de nós. No inverno não costumamos vir muito, é muito frio para as miúdas. Mas ontem com um dia de sol e promissor fim-de-semana, arriscámos. Resultado: frio, chuva, um autentico dia de inverno. Mas viemos e tive que preparar a lancheira com os caldinhos e purés para as refeições da T. A L. já não preciso de me preocupar, come de tudo! E a avó faz sempre uma sopinha com os legumes mais frescos do campo. 

Como já expliquei neste post, não complico as refeições dos fins-de-semana fora da T. Trago só o caldo com legumes e carne ou peixe, e peço à avó arroz, ou massa, ou mesmo pão, para acabar a refeição. 

Mas vamos a ver o que fiz para a T. este fim-de-semana.

Caldo de pescada [desde dos 8 meses]
(para 3-4 doses)




5-6 raminhos de couve-flor
1/2 cebola média
1 dente de alho
1 cenoura
1/2 cabeça de brócolos (dependendo o tamanho) - usaremos o talo para o puré a seguir
80-90gr de pescada (ou a quantidade que o profissional de saúde assistente recomendar)

Cozer os legumes aos pedaços por 20-25 minutos, com água a cobrir os legumes. Cozer a posta de pescada à parte, de modo a poder tirar as espinhas. No final dividir o caldo por doses.

Enquanto isso na varoma, ou numa panela ao lado...

Puré de feijão verde [desde os 6 meses e meio]
(para 3-4 doses)


3 batatas médias-pequenas
1 chávena de abóbora aos cubos
1/2 cebola média
6-7 vagens de feijão verde
talo dos brócolos usados no caldo

Cozer os legumes aos pedaços na varoma ao vapor pelos mesmo 20-25 minutos do caldo, ou numa panela, caso não tenha robot de cozinha.


quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

Cozinha, educação e disciplina


Sempre se ouviu dizer que "esperar é uma virtude" e temos que confessar que pessoas impacientes é do pior que se pode encontrar. Demasiada tensão e pressão nessa gente, não há necessidade! Sou uma pessoa paciente, até demais, para mal dos meus pecados. A L. é uma criança paciente, muito paciente para idade. Gostaria de dizer que sai a mim! Mas recentemente deparei-me com uma teoria, que veio mostrar-me que a L. pode ser paciente não só por sair a mim (também tem o meu bom cabelo), mas por eu estar a fazer uma série de coisas acertadas para a educação dela (ou pelo menos quero acreditar que sim). 

Só para terem a noção do quão paciente é a L., ela é a menina de 3 anos, que vai tomar chá com a avó e as amigas, bebe a sua "meia-de-leite" sossegada, não incomoda e intervém na conversa nos momentos certos e oportunos. Já disse que ela tem SÓ 3 anos?



Encontrei uma possível explicação para este fenómeno, no livro As Crianças Francesas Não Fazem Birra, de Pamela Druckerman. Já vos falei do livro num outro post, onde fui buscar a receita para a primeira tentativa de bolo da T. Ainda não acabei de ler o livro, mas simpatizei muito com um capítulo que fala desta grande virtude: a paciência. E esse capítulo, é o que dá contexto à receita do bolo.

Pamela é uma jornalista norte-americana, que vai viver para Paris com o marido e onde tem uma filha. Ela denota uma diferença de comportamento entre a filha, a quem apelida de Bean, e as crianças da mesma idade francesas. Aliás, denota como os filhos dos seus  amigos americanos têm um comportamento completamente diferente dos filhos dos seus amigos franceses. Enquanto com os amigos franceses, toma uma chávena de chá e conversam, enquanto as crianças brincam calmamente, com os amigos americanos não consegue trocar mais que um "olá" e "adeus", passando a tarde a correr atrás das crianças que brincam frenéticas. Pamela percebe que existe um segredo francês em educar crianças e parte à descoberta desse modelo secreto, que ninguém lhe quer revelar. 

Uma das passagens do livro com a qual me identifiquei, passa-se num sábado à tarde em que a autora vai visitar uma amiga francesa, mãe de dois filhos. O cenário com que se depara quando chega a casa da amiga é-lhe desconcertante. A filha mais velha de 3 anos, da mesma idade de Bean, está sentada à mesa a encher pequenas formas de cupcake com a massa, colocando no topo de cada uma confetes comestíveis e groselhas, enquanto a mãe conversa com Pamela. A criança está absorta na tarefa, que deixa Pamela intrigada. Olha para a filha Bean e não a imagina a fazer tal tarefa. 

Rapidamente Pamela apercebe-se de algo. Era comum quando visitava amigos franceses ao fim-de-semana, estes se encontrarem a fazer bolos, bolachas e biscoitos com os filhos, como se de um ritual francês se tratasse. Percebe que desde a idade em que os bebés conseguem se sentar, as mães francesas os levam para a cozinha para fazerem bolos, ou mesmo a projectos e concursos semanais ou quinzenais de bolos. É aqui que a autora diz algo que me iluminou a mente:


Tanta actividade na cozinha não apenas rende muitos bolos, 
como também ensina as crianças a a controlarem-se. 
Com as medidas ordenadas e a sequência de ingredientes necessária, 
fazer bolos é a aula perfeita de paciência.

Isto faz sentido para mim. Desde muito pequenina que a L. ficava na cadeira da papa a ver-me cozinhar. Eu falava para ela, explicava o que estava a fazer. Quando assumi que já tinha alguma destreza manual e conseguia executar instruções, pus-lhe um avental e começámos a cozinhar juntas. A minha ideia primordial era fortificar a relação dela com a comida, que teve os seus altos e baixos, e também com o intuito pedagógico de lhe ensinar o nome dos alimentos e a sua importância. Realmente cozinhar requer muita paciência e disciplina: respeitar a receita e as suas instruções, esperar que uma massa esteja bem mexida ou que um bolo coza, que arrefeça para ser degustado. Nunca tinha pensado nesta vertente das minhas práticas culinárias com a L. 

Ainda mais curioso foi quando procurei uma imagem para abrir este post. Escrevi "patience" no Tio Google, e fui bombardeada com imagens de crianças com a comida! Afinal esta não é só uma teoria de Pamela, que eu corroboro. É algo intrínseco que se passa entre crianças e comida/culinária, que tolda de alguma forma as suas personalidades. Gostava de vos dizer que a L. não faz "birras" por causa disto. Não posso dizer. É uma criança e faz parte do seu crescimento e forma de se expressar. É muito paciente, mas também tem os seus devaneios, como qualquer ser humano. 

Não assumo que seja uma verdade absoluta. Nada é, sobretudo na maternidade. Mas identifiquei-me com esta conclusão de Pamela, que só vem sustentar e dar mais alento ao que já faço. Em breve serão duas ajudantes na cozinha (haja espaço!), se bem que pelo decorrer da coisa, acho que com a T. a ajudar, a massa nem chega a entrar na forma. 

Já agora, fica a receita do Gâteau au yaourt, que todas as crianças francesas aprendem a fazer de pequeninas.



quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

Esta semana Na Cadeira da Papa sugere...


Oiço (leio) muitas mães a queixarem-se "ah, parece que estou sempre a dar os mesmo legumes ao bebé", "ah, não sei o que fazer hoje para o bebé", "ah, se ao menos o meu bebé comesse torresmos não tinha que fazer a comida a parte". Por isto, e por muito mais, Na Cadeira da Papa dá ideias do que fazer para a sopa e pratinho do seu mais-que-tudo-pequenino. Só tem que ver, fazer e nem precisa de pensar! 

Esta semana a T. está a comer:

Caldo de frango [desde dos 7 meses]
(para 3-4 doses)




1 curgete
1/2 alho francês médio
1 dente de alho
1 chávena de abóbora aos cubos
4-5 folhas de couve-coração
80-90gr de frango (ou a quantidade que o profissional de saúde assistente recomendar)

Cozer os legumes aos pedaços com a carne por 20-25 minutos, com água a cobrir os legumes. No final dividir o caldo por doses para usar depois.

Caso seja uma daquelas mães robóticas, aproveite para cozer os legumes ao vapor na varoma. Se não for, faça numa panelinha ao lado do caldo.


Puré de alho francês e ervilha torta [desde os 6 meses e meio]
(para 3-4 doses)




(esta semana não me esqueci da fotografiazinha)

3 batatas médias-pequenas
1 cenoura
1/2 alho-francês
8-10 vagens de ervilhas tortas

Cozer os legumes aos pedaços na varoma ao vapor pelos mesmo 20-25 minutos do caldo, ou numa panela, caso não tenha robot de cozinha.

Esta semana pus água a mais na cozedura do caldo de frango com legumes. Aproveitei esse excesso e juntei aos legumes do puré do jantar. Nada se deita fora! Fica a ideia, para uma sopa com um pouco mais de paladar.

* imagem de abertura de http://www.sacredpregnancy.com/conscious-parenting/7-lessons-in-laziness-for-happier-healthier-moms/

terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

Bolo para a T. Take #02


Hoje, a um mês do grande dia da T., foi altura de nova tentativa de bolo de aniversário para ela. Posso já adiantar que estamos muito mais perto do sucesso que da última vez.

Peguei na receita que tinha feito, e depois de vários conselhos e sugestões na nossa página do Facebook, resolvi fazer algumas substituições e adições. 

Substituí a chávena de água que precisei da última vez, por sumo de uma laranja, para dar mais sabor. Por recomendação de várias amigas coloquei tâmaras picadas para adoçar.

Bolo de aniversário para a T. [desde os 9 meses]
(bolo pequeno, 22cm aproximadamente)



1 banana
1 iogurte natural
1/2 chávena de óleo mal cheia
sumo de 1 laranja
1 chávena de farinha
1 colher de sopa mal cheia de fermento para bolos
6 tâmaras demolhadas e picadas

Pré-aquecer o forno a 180º. Começar por triturar a banana com varinha, ou no robot de cozinha. Juntar o iogurte, o óleo, o sumo de laranja e mexer. Juntar a farinha e o fermento e misturar até obter uma massa homogénea, sem a trabalhar demasiado. Juntar as tâmaras picadas e envolver. 

Untar uma forma com óleo, dispor a massa e levar ao forno por 25-30 minutos.




Veredicto: lambi a taça da massa, comi umas 3 fatias ainda quente, o pai das miúdas disse que estava muito bom (ainda estou basbaque), a T. comeu uma fatia em menos de nada (nem deu tempo para a foto!!), e entre nós os três, já só sobra um fatia desde que o fiz à hora de almoço. 

Continuo a achar que precisa de mais qualquer coisa! A massa fica fofa e húmida, totalmente decadente. A nível de sabor, acho que ainda posso melhorar. Mas vejamos, o bolo é para a T. e ela nunca se queixa de nada, ora... mas eu acho que ela merece melhor. 

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

O nosso meatless dinner #04


Hoje, como todas as segundas-feiras de há umas semanas para cá, foi segunda-feira sem carne. Andei nos últimos dias a ver blogs, páginas de facebook, e esbarrei com três casseroles que me atraíram bastante.

Uma casserole de quinoa e brócolos







A questão não estava que casserole iria fazer - já agora, à falta de melhor tradução que "ensopado" vou continuar a dizer casserole - mas sim como seria a minha própria casserole

Decidi que a base seria de cuscuz, que já não comíamos há uns tempos. Depois os brócolos, o pesto (que gosto muito) e os tomatinhos cherry para a L. 

(perdoem-me os leitores robóticos, mas tinha o meu robot ocupado com sopas, muitas sopas, fiz este prato no velho amigo fogão)



Casserole de cuscuz, brócolos e tomate [desde os 12 meses]
(para 4 porções de adulto)

1 cabeça de brócolos
1 1/2 - 2 chávenas de caldo de legumes (ou usar a água de cozedura dos brócolos ou água apenas)
2 colheres de sopa de pesto*
1/2 chávena de cuscuz
8-10 tomatinhos cereja
queijo mozzarella ralado para polvilhar

Pré-aquecer o forno a 180º. Cozer os brócolos em água temperada de sal, até ficarem tenros, mas não muito cozidos. Retirar os brócolos da água e reservar. Ferver o caldo de legumes, ou a água de cozer os brócolos, ou simplesmente água e dissolver o pesto. Colocar o cuscuz num tabuleiro de ir ao forno e verter a mistura de caldo e pesto sobre o cuscuz. Tapar o tabuleiro com papel de alumíno e deixar repousar. 

Dar banho a uma das miúdas...

Destapar o tabuleiro, dispor os brócolos por cima do cuscuz, os tomatinhos cereja e por fim o queijo mozzarella. Levar ao forno até o queijo derreter e dourar.

Enquanto isso, dar banho à outra miúda...






A L. gostou muito, apesar de no final me pedir para da próxima fazer com "massinha" a sério - eu digo-lhe que o cuscuz é parecido à "massinha" que ela tanto gosta, mas ela não morde o isco. Eu admito que comi demais, mas vou repetir esta casserole. Um sucesso! 



*o pesto pode fazer a seu gosto. O meu preferido é com espinafres, nozes, alho, parmesão e azeite. Pode criar o pesto que lhe der mais jeito. Uma folha verde, um fruto seco, alho, queijo e azeite. 

domingo, 22 de fevereiro de 2015

Scones de cenoura [desde os 6 meses, mas ler nota no post]


Como devem deduzir, escrevo os posts no blog depois de confeccionar a receita e sobretudo, provar. Por isso, antes de qualquer coisa que vá escrever a seguir.. OH MEU DEUS, ESTES SCONES SÃO TÃO BONS!

Depois do redondo falhanço do bolo de ontem, quase nem dormi em voltas na cama de como me redimir de tal catástrofe - até me valeu um "sabes que não gosto de coisas muito doces, mas neste bolo exageraste um bocado" do pai das miúdas. Por isso recorri à Kayla e a sua adorável pequena lancheira, para inspiração e ajuda. 

Esbarrei com uns scones de cenoura, que sabia que tinha de experimentar. Ainda por cima a L. hoje acordou com vontade de cozinhar e pediu-me logo para fazermos "bolachas". Vamos a isso. Primeiro, adaptar a receita para a pequena T. também poder comer. Tirei tudo o que eram ingredientes que não conhecia. Deixei a farinha, a cenoura... e mais nada! Juntei maçã, para dar humidade aos scones, óleo de girassol, para substituir a manteiga, e sumo de uma laranja para adoçar e substituir o leite. Aqui a laranja pode ser controversa, e por fiz a chamada de atenção no título. A nossa pediatra não colocou qualquer restrição à laranja, até disse para usar um bocadinho de sumo na banana esmagada. Consultei algumas amigas, que também não tiveram essa restrição. Na dúvida, consultei a Acta Pediátrica Portuguesa referente a alimentação, que também não menciona a laranja como um fruto a evitar no primeiro ano de vida. Por isso, em caso de dúvida siga a recomendação do profissional de saúde assistente. Se não quiserem usar sumo de laranja, podem substituir por água, mas aviso que poderá ter falta de sabor. No entanto, estamos a falar de sumo de uma laranja dividida por 12 scones, não é assim uma dose considerável.

Tem me sido muito pedido para colocar as receitas em formato robot de cozinha, sobretudo depois de descobrirem que também eu tenho uma liquidificadora-que-aquece-bate-e-pica (não vou desistir do nome). Por isso vou fazer um esforço extra para escrever as receitas nos dois formatos e agradar a gregos e troianos. Para que conste, estes scones fiz no robot de cozinha, pois a L. queria ajudar, e achei que seria mais fácil para as duas.




Scones de cenoura [desde os 6 meses, mas tem sumo de laranja]
(para 12 scones)




1 cenoura
1 maçã
1 1/2 chávenas de farinha com fermento (270gr)
1/2 chávena de óleo mal cheia (60gr)
sumo de 1 laranja


Sem Robot de Cozinha

Pré-aquecer o forno a 180º. Ralar a cenoura e reservar. Ralar a maçã e juntar a farinha e o óleo, amassando com as mãos até a farinha ficar em grumos grossos, ou batendo com a batedeira devagar (para não espalhar a farinha). Juntar a cenoura ralada e o sumo de laranja, e bater até obter uma massa homógenea. Numa forma de ir ao forno, polvilhar com um pouco de farinha, e formar montinhos de massa com uma colher. Colocar no forno e deixar cozinhar por 20 minutos.


Com Robot de Cozinha (RC)

Pré-aquecer o forno a 180º. Picar a cenoura 5seg./vel.5. Reservar. Sem lavar o copo, picar a maçã 5seg./vel.5. juntar a farinha e o óleo e deixar mexer 20seg./vel.6. Juntar a cenoura ralada e o sumo de laranja e misturar por 20seg./vel.6. Numa forma de ir ao forno, polvilhar com um pouco de farinha, e formar montinhos de massa com uma colher. Colocar no forno e deixar cozinhar por 20 minutos.










Toda a gente provou, incluindo o pai, que teceu elogios e nem notou a falta de açúcar. Disse que estavam perfeitos para ele, super fofos e húmidos ao mesmo tempo "melhores que o costume!", disse-me ele. 

Eu estive a controlar-me para não comer o prato todo, até me pus a escrever a receita aqui no blog, vejam lá. 

A T. ... é melhor não dizer nada, certo? Já sabem como é.





sábado, 21 de fevereiro de 2015

Bolo para a T. Take #01


A T. está a dias de completar 11 meses. Isso quer dizer que, 7 e7 são 14, com mais 7 são 21, noves fora... pouco mais de um mês para fazer um ano!! (ar de pânico)

Lancei-me ao desafio de fazer um bolo para a T. comer no seu aniversário. Podia fazer um simples pão-de-ló, ou um bolo de iogurte. Mas eu conheço a minha filha, e sei que ela não se vai ficar só por uma migalhinha. E se for comer o que eu imagino que ela vai comer, será uma bomba de açúcar e ovos naquela pequena entranha, que nem quero imaginar. Posto isto, ela terá o seu bolinho, versão baby.

Conheço algumas receitas de bolos que poderia adaptar, e milhentas outras que encontraria pela Internet. Mas não, resolvi tentar uma receita de um livro que estou a ler, que não, não é um livro de receitas (nem tenho muitos, abençoado world wide web). O livro chama-se As Crianças Francesas Não Fazem Birras, da jornalista americana Pamela Druckerman



Um dia reservo um post para vos falar do livro, e sobretudo do contexto em que surge a receita. Para já vou relatar-vos a aparente catástrofe que foi a minha primeira tentativa de fazer um bolo para a T.

Bolo de aniversário para a T. [desde os 9 meses]
(bolo pequeno, 22cm aproximadamente)





(o livro é prescindível, mas recomendo a leitura)
1 banana
1 iogurte natural
1/2 chávena de óleo mal cheia
1 chávena de farinha
1 colher de sopa mal cheia de fermento para bolos

(o que precisei depois)
1/2 chávena de água morna
1 colher de café de aroma de baunilha (mas não obtive o resultado pretendido)

(o que acho que vou precisar na próxima tentativa)
qualquer coisa doce...

Pré-aquecer o forno a 180º. Começar por triturar a banana com varinha, ou no robot de cozinha. Juntar o iogurte, o óleo, a água morna e o aroma de baunilha e mexer - quando misturei a farinha, a massa ficou muito grossa e sem sabor, por isso juntei água morna e o aroma de baunilha; nem sempre a banana substitui o ovo e o açúcar na perfeição. Juntar a farinha e o fermento e misturar até obter uma massa homogénea, sem a trabalhar demasiado.

Untar uma forma com óleo, dispor a massa e levar ao forno por 30-35 minutos.



Bem, não saiu uma perfeição, diga-se de passagem. Provei uma fatia e achei-o pouco doce e com pouco sabor. Quase que parecia um pão com trago a banana. 

Dei a provar à L. e ela disse que era uma delícia. (cara de espanto) Tenho umas quantas teorias quanto à apreciação dela, visto que ela é muito crítica, e quando não gosta, não gosta: 
1. estava a chegar da piscina e estava cheia de fome, qualquer coisa seria maravilhosa;
2. o paladar dela ainda é tão virgem e tão pouco adulterado e viciado por açúcar, que o doce natural da banana para ela é suficiente;
3. ela é mesmo uma querida e quis deixar-me feliz (acho que não tem a noção disto aos 3 anos... tem?)



A T. nem vou comentar. Devorou o bolo como se não houvesse amanhã. Em bem verdade, o bolo é para ela e ela adorou... Mas continuo a achar que podia saber um pouquinho melhor.




Caldo e sopa da T. para este fim-de-semana

Como expliquei aqui e aqui, preparo as refeições da T. para 3 dias, ao mesmo tempo um caldo para o almoço e um puré de legumes para o jantar. 

Deixo-vos hoje o que preparei para este fim-de-semana.

Caldo de coelho [desde os 7 meses]
(para 3-4 doses)


1 curgete
1/2 cebola média
1 dente de alho
1 chávena de abóbora aos cubos
8 couves de bruxelas
80-90gr de coelho (ou a quantidade que o profissional de saúde assistente recomendar)

Cozer os legumes aos pedaços com a carne por 20-25 minutos, com água a cobrir os legumes. No final dividir o caldo por doses para usar depois.

Caso seja uma daquelas mães robóticas, aproveite para cozer os legumes ao vapor na varoma. Se não for, faça numa panelinha ao lado do caldo.


Puré de couve-flor e feijão verde [desde o 6,5 meses]
(para 3-4 doses)

[Não tenho foto, porque me esqueci! Prometo ser mais atenta nestas coisas]

4-5 raminhos de couve-flor
1 cenoura grande
1/2 cebola média (o resto da do caldo)
6-7 vargens de feijão verde

Cozer os legumes aos pedaços na varoma ao vapor pelos mesmo 20-25 minutos do caldo, ou numa panela, caso não tenha a liquidificadora-que-aquece-bate-e-pica. (será que o nome vai pegar?)

Não vou já desejar bom fim-de-semana que andam aqui uns aromas na cozinha e espero trazer coisas novas mais logo. 

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

Papa de aveia e manga [desde os 6 meses]


Esta história da alimentação saudável já tem algum tempo (meses) cá em casa. E a pobre L. já sofreu as consequências das minhas "paranóias". Ora vejam lá, se tem algum jeito dar papas caseiras a uma criança de 2 anos, que desde os seus 6 meses que come de compra? Tem. Mas o sucesso, isso é outra história. Digamos que os senhores das grandes marcas de papas encontraram a receita perfeita, para viciar o paladar das nossas crias de tal maneira, que rejeitam qualquer tentativa semelhante, feita pela sua querida progenitora. Conspiração, sem qualquer fundamento, diga-se de passagem. Pois a primeira vez que dei uma papa caseira à L., depois da primeira colher disse-me "da outra papa, mãe". Bolas. Comi eu, e era divinal!! Desisti (enverguei por outras alternativas) e decidi que a T. seria habituada mais cedo às maravilhas das papas caseiras.

A T., essa aspirante a Matt Preston, a história é outra. Já é a 2ª papa caseira que come, não se lambe com a mesma satisfação que as de compra, mas já é um principio - também cuspia o iogurte todo, e agora até bate com os pés na cadeira da papa para o comer.

Estas papas faço no robot de cozinha, por isso, perdoem-me as mães não robóticas, mas nunca experimentei na panelinha. Podem experimentar dizerem-me como correu e se as medidas funcionaram. 


Papa de aveia e manga [desde os 6 meses]
(para uma dose de 250ml aproximadamente)



120gr de manga (meia manga, mais ou menos)
30gr de flocos de aveia (3 colheres de sopa bem cheias)
120gr (ml) de água 

Colocar no copo do robot de cozinha a manga, os flocos e a água. Programar 10 minutos, temperatura 100º, velocidade 1.

Caso o bebé seja muito pequenino, recomendo triturar a papa no fim para ficar sedosa. Se já for crescido, pode-se servir logo, ficam pedaços de flocos e manga, para mastigarem.

Pode-se utilizar leite materno ou leite de fórmula do bebé na confecção da papa. Neste caso deve-se reduzir um pouco na água (para 60-80ml), para ficar uma papa grossa, e ajustar a textura com a quantidade de leite que desejar.



Eu provei, estava tão, mas tão boa! Sobraram 2 colherzinhas para mim (ena!!!), mas só porque é uma porção muito grande para um bebé, mesmo a traga-bolas da T. 




quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Queques de banana e aveia [desde os 9 meses]


Hoje há muito a comemorar: o blog completa 3 semanas de existência, ultrapassou as 3000 visualizações, e ainda, já passámos os 1000 likes na página do Facebook. Posto isto, hoje tinha que sair receitinha especial, e esta é dedicada aos bebés aí de casa. Não impede que os crescidos também comam (eu que o diga). Mas estes queques são especialmente pensados neles, e na minha opinião não enchem barriga de guloso. Talvez com uma cobertura façam o jeito. Já a minha pequena Matt Preston devorou 2!! Assim do nada... era suposto ser um snack da manhã, não um banquete, pequena T.

Vou-me deixar de conversas e passar à receita!

Queques de banana e aveia [desde os 9 meses]
(para 4 queques)



1 banana (bem madura)
1 pêra
1/2 iogurte natural
1/4 de chávena de farinha com fermento (e ainda adicionei 1 colher de chá de fermento para bolos)
1 colher de sopa bem cheia de flocos de aveia

Pré-aquecer o forno nos 180º. Triturar a banana com a pêra e juntar o iogurte. Quando obtiver uma mistura homogénea, juntar a farinha e os flocos picados ou pulverizados no robot de cozinha. Também se pode usar os flocos inteiros, os queques ficam com mais textura. Misturar tudo muito bem e dispor em forma própria para queques. Deve-se usar forma de papel, ou untar bem a forma com manteiga ou óleo, pois como a massa não tem gordura, a massa pegará à forma (mesmo as de silicone).




Colocar no forno e deixar cozer por 20 minutos.



A T. A-MOU! Queria só lhe dar um, mas ela pegou logo noutro. E como hoje é dia de festa, nem comeu na cadeira da papa. Eu também comi um e são ótimos! Para os mais crescidos, recomendo um pouco de açúcar ou canela, acho que ficarão muito bem. Para os pequenotes, ficam ótimos só assim.